terça-feira, 26 de abril de 2011

SCALZO, Marília. Jornalismo de revista. (RESUMO)

Em Jornalismo de revista Marília Scalzo apresenta um campo de trabalho jornalístico, que no caso, são as revistas. Ela inicia o livro falando da relação dos leitores com suas revistas. Afirma que: “revista é também um encontro entre um editor e um leitor, um contato que se estabelece, um fio invisível que une um grupo de pessoas e, nesse sentido, ajuda a construir identidade(...)”. Marília lembra que revista une e funde entretenimento, educação, serviço e interpretação dos acontecimentos. Diferente dos outros meios a revista tem seu publico alvo bastante segmentado, a ponto de ser capaz de chamar seus leitores por “você”, tamanha proximidade tem dos mesmos. Outros fatores que irá diferenciá-la dos demais meios são: o seu formato, a sua periodicidade e tratamento que é dado à noticia. As revistas vêem os fatos de maneira mais analítica que os outros meios.

No Brasil, as revistas chegam junto com a corte portuguesa. A primeira revista publicada no país foi As Variedades ou Ensaios de Literatura, desde então o numero de publicações só fez aumentar. Surgiam revistas para os mais diferentes segmentos. O Cruzeiro, Manchete e Realidades são consideradas até hoje os grandes fenômenos editoriais.

Marília afirma que hoje alem dos meios de comunicação concorrer entre si pela atenção do leitor eles também disputam para oferecer espaços para a publicidade. Dentre os segmentos de revistas que vem ganhando espaço e tendo boa circulação de mercado Marília destaca as revistas voltadas para qualidade de vida e as revistas “de celebridades”. Outra tendência forte destacada pela autora é das revistas empresariais, publicações feitas pelas próprias empresas. Este tipo de publicação desperta no mercado editorial certa preocupação, pois, as empresas fazendo suas próprias publicações diminuíram as verbas da publicidade.

A escrita em revista segue os mesmos preceitos de um bom jornalismo de qualquer outro meio. A ética jornalística é o princípio primordial que deve nortear as condutas do profissional e o leitor deve ser tido como o patrão do repórter, é para ele que se escreve. Quanto ao conceito do que seria uma boa revista Scalzo afirma que, “uma boa revista começa com um bom plano editorial e uma missão definida (...)”. Através desse plano a revista já define seu publico, avalia os riscos, prevê redesenhos, ele é o esqueleto da revista. “Uma boa revista precisa de uma capa que a ajude a conquistar os leitores e os convencê-los a levá-la para casa”, afirma Scalzo. A capa, segundo ela, deve ser um resumo de cada edição.

Para concluir o livro Scalzo conta de sua experiência na revista Capricho a segunda revista mais antiga da Editora Abril, que surgiu como fotonovelas e precisou, depois de um período de transformações, ser reposicionada no mercado. Scalzo fala de todos os saberes que adquiriu com essa experiência e da superação de preconceitos que teve que passar para assumir essa tarefa. Ela afirma que depois de varias tentativas de segmentação, a Capricho só conseguiu se reposicionar quando passou a ouvir suas leitoras.

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