terça-feira, 21 de abril de 2009

Fontes e fontes

Complementando o seminário

Na apresentação do seminário sobre fontes jornalísticas, citamos dois casos de grande repercussão nacional, o da Escola Base e da Isabella Nardoni, como exemplos para os textos trabalhados em sala de aula, A reportagem de Nilson Laje e Teoria do jornalismo de Felipe Pena. Já que a ênfase na disciplina Comunicação Jornalística é o jornalismo em revista. Escolhemos as reportagens da Veja e Isto É porque foram as revistas de grande circulação, na época, a cobrir o caso da Escola Base, e que daria para fazer um gancho com o caso mais recente, o da menina Isabella. Percebemos, então, em ambos os casos a importância das fontes na construção das notícias, inclusive no cometimento de equívocos.
Em março de 1994, mães acusaram donos e funcionários da Escola de Educação Infantil Base de abusos sexuais contra seus filhos, baseadas na versão deles. Elas procuram a imprensa e denunciaram o suposto crime. O fato teve destaque em jornais, telejornais e revistas. No caso das revistas Veja e Isto É, as informações contidas nas reportagens estavam baseadas nas fontes primárias, as mães das crianças, e na fonte oficial, a instituição policial. Meses depois o caso foi arquivado por falta de provas materiais. A Veja e Isto É foram condenadas pela justiça, em primeira instância, a pagar indenização aos envolvidos, sendo que a decisão ainda cabe recurso.
Também em março, só que no de 2008, uma menina de 5 anos de idade morreu depois de ter sido jogada da janela de um prédio em São Paulo. O pai e a madrasta foram acusados pela polícia como os autores do crime. Esse caso comoveu o país de norte e sul. Muitos disseram que o esse caso seria uma nova Escola Base, devido ao linchamento precipitado feito ao casal e do espetáculo por parte da imprensa. Porém, desta vez, os meios de comunicação foram mais comedidos e a polícia indiciou os acusados no final do inquérito. Nas matérias da Veja e Isto É, a fonte oficial foi a polícia, pois trata-se de um assassinato, e as fontes secundárias baseadas nas investigações policiais foram o porteiro e os vizinhos.
Além desses casos, três artigos que não foram trabalhados em sala de aula complementam a apresentação: Ciberespaço como fonte jornalística de Elias Machado, Ética da Imprensa e o sigilo da fonte de Flávio Farah e O direito de sigilo da fonte de Renato Delmanto. Eles seguem em links, junto com as matérias escaneadas, na íntegra.


http://www.eca.usp.br/alaic/material%20congresso%202002/congBolivia2002/trabalhos%20completos%20Bolivia%202002/GT%20%203%20%20eduardo%20meditsch/elias%20machado%20gon%C3%A7alves.doc

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7337

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=439JDB001






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