quinta-feira, 23 de abril de 2009

Realizando a entrevista (parte 3)

. A atenção deve estar totalmente voltada ao entrevistado – celulares tocando e falta de atenção naquilo que o entrevistado diz causam uma péssima impressão.

. Mantenha o controle emocional durante a entrevista – evite ficar inquieto e controle seus tiques e gestos. É importante estar focado na entrevista, somente.

. Tente obter a confiança do entrevistado antes de entrar nos assuntos mais delicados – é interessante se “preparar o terreno” antes de se perguntar coisas mais bombásticas. Se você começar a entrevista com esse tipo de pergunta, o entrevistado só irá se intimidar, e você não conseguirá a informação que deseja.

Para exemplificar tais dicas, sugerimos o vídeo do CQC, onde o repórter inexperiente entrevista Gretchen:


Explicação: Nesse vídeo, podemos perceber que o repórter já começa errando: seu celular toca no meio da entrevista. É evidente que a entrevistada se incomoda com tal fato, e recomenda que ele desligue o aparelho. Também, percebemos que ele toca num assunto delicado da vida de Gretchen logo no começo de suas perguntas, e não consegue retirar nenhuma informação dela sobre isso.


. Se o entrevistado se recusar a responder uma questão, temos obrigação de voltar a ela. O que não podemos é esquecer que há um limite nesse jogo e que não devemos quebrá-lo.

. Não mostre muito entusiasmo ao ouvir uma “resposta-bomba” – o entrevistado pode reparar que te forneceu uma informação “quente” e importante e pedir que você não a publique.

. Pergunte por último se existe alguma coisa que o entrevistado deseja acrescentar – é importante que, na entrevista, ambos entrevistador e entrevistado fiquem satisfeitos. Portanto, se o entrevistador desejar declarar algo que você não indagou, permita. Pode vir a ser bastante interessante para o seu texto.


Vídeo final – Marcelo Camelo é entrevistado no Ceará Music Festival:



Explicação: Nesse vídeo, dá pra brincar de “Jogo dos sete erros”. Vamos?

1. A repórter erra o nome do entrevistado e o chama de Marcelo Campelo;

2. A repórter entra num grau de intimidade muito grande com o entrevistado;

3. A repórter não pesquisa direito, e erra informações sobre o novo cd de Los Hermanos;

4. A repórter não pesquisa direito [2] e confunde as composições de Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante;

5. A repórter faz perguntas frouxas, sem objetividade ao entrevistado, e acaba por receber respostas vagas;

6. O repórter não pesquisa corretamente e repete perguntas “manjadas” em entrevistas a essa banda;

7. O repórter foge do tema central da entrevista;

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