quarta-feira, 20 de abril de 2011

Resumo: Jornalismo de revista – Marília Scalzo

O livro aborda todos os aspectos físicos, de conteúdo e de produção de uma revista.

Inicia-se com a funcionalidade e as relações que ela tem com o leitor: credibilidade, expectativas, idealizações, Eros, pedidos de desculpas, acertos, elogios, brigas e muito mais. Em seguida as funções desse meio de comunicação são definidas como de educação e entretenimento.

Como o foco principal de revista é no leitor, a medida que o público vai tornando-se maior, e de massa, a revista corre sério risco de falir por alto custo de impressão e publicidade.

A evolução das revistas, desde seu início em 1663 até os dias atuais também é retratada pela autora com exemplos nacionais e internacionais. Os destaques das evoluções são justamente o aparecimento da primeira revista ilustradas em Londres em 1842( a partir de então todas as revistas tem ilustrações), a primeira semanal, em 1923, nos Estados Unidos, chamada Time, as primeiras fotonovelas, na Itália, e as revistas de diversos gêneros cada vez mais específicos.

As segmentações das revistas dividem-se e inúmeros tipos, desde gêneros masculino e feminino, como idade, jovens, adultos, crianças, mais recentemente adolescentes, assim como profissões e hobbies. A diversidade tornou o leitor cada vez mais próximo da equipe de produção, que por sua vez tornou-se cada vez mais próxima entre si a fim de gerar matérias com maior qualidade e integração entre fotografia, design e texto.

Uma consideração relevante da autora ressalta que a descoberta e explosão de uso de meios de comunicação posteriores às revistas como rádio, televisão e internet podem sim, manter as vendas e a circulação das revistas e meios impressos ao contrário do que muitos pensam. O argumento é o seguinte: “a historia mostra que uma tecnologia pode substituir a outra, mas com os meios isso não acontece necessariamente.O que ocorre são ajustes e correções de rota.” Ou seja ocorre uma integração e convergência de meios que podem abordar o mesmo tema de formas completamente diferentes, já que segundo McLuhan “ O meio é a mensagem”.

Para finalizar a autora responde a pergunta “O que é um bom jornalismo de revista?” com a indicação de que deve haver o comprometimento do jornalista (apuração, compromisso com verdade, ouvir todos os lados, bom texto...), uma visão de mundo livre, cultura geral e um olhar crítico sobre o próprio ofício. A resposta do que é uma boa revista pode ser resumida contendo um bom plano editorial, uma missão e público alvo definidos. A produção de uma boa revista engloba, também, a parte técnica com capa bem selecionada, pauta apurada e com novos enfoques, design comunicativo e atraente, textos legíveis, linguagem visual adaptada à atualidade, bom posicionamento das fotos, além de uma excelente relação ética entre publicidade e jornalismo.

Thais Motta

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