segunda-feira, 11 de abril de 2011

Resumo: CAPUTO, Stela Guedes. Sobre entrevista: teoria, prática e experiências. P. 59-68 – Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

No segundo capítulo do livro Sobre Entrevistas: teoria, técnica e experiências, a autora Stela Guedes Caputo aponta Notas gerais sobre entrevistas, que são o conjunto de ações, questões e comportamentos que um jornalista deve ter quando realiza qualquer entrevista.


Numa entrevista previamente marcada, perguntar se pode gravar ou fotografar, da mesma forma que desligar o gravador se o entrevistado quiser falar alguma coisa em off. É importante sempre respeitar a decisão do entrevistado.


Se informar sobre a pessoa entrevistada, conhecer um pouco de sua vida e do seu trabalho, através de informações passadas pelo editor e de pesquisas (a internet é de grande ajuda). Isso será fundamental para as questões que o jornalista irá propor e para a própria apresentação da entrevista.


O ideal é que o jornalista faça um roteiro de perguntas que julgue fundamentais, mas é

importante ressaltar que deve ser deixado um espaço para perguntas que surgem durante a conversa.


Sempre desconfiar da tecnologia. Verificar o material a ser utilizado, testar o gravador, ver se tem pilha e fita e sempre levar fita reserva.


Talvez o mais seguro para evitar qualquer tipo de gafe seja perguntar ao entrevistado como ele prefere ser chamado. Se persistir a dúvida use senhor ou senhora.


Tomar cuidado para não aparecer mais que o entrevistado. E perguntar mesmo que saiba as respostas, para que o entrevistado apresente ideias acerca do assunto pautado. Bem como evitar perguntas muito grandes.


É necessário deixar claras as referências e fontes com as quais construímos nossa entrevista. Até porque isso ajuda o leitor na medida em que fornece pistas sobre que autores consultar, se for o caso.


Se o entrevistado se recusar a responder determinada pergunta, devemos voltar a ela mas respeitando sempre os limites da boa educação.


Desconfie da memória, Caputo salienta a importância do gravador, que nos ajuda a ouvir o mais fielmente possível o que foi dito, e em caso de entrevistados polêmicos nos auxilia a provar que as informações publicadas são verdadeiras. Além de blocos de papel para anotar detalhes importantes durante a entrevista e que não podem ser esquecidos na hora da edição.


Para fazer uma boa entrevista é preciso amar conversar, pesquisar, conhecer gente nova. A boa entrevista acontece a três, entrevistador, entrevistado e leitor.


A edição é parte crucial e mais difícil nesse processo, porque é preciso escolher as perguntas que irão entrar e ''escolher é excluir''. Eleger um bom título, normalmente é uma frase que resuma o espírito da entrevista e os olhos da mesma. O último passo é revisar e publicar.

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