terça-feira, 12 de abril de 2011

Resumo de "A apuração da notícia"

Na tentativa de fornecer diretrizes para a atividade de apuração da notícia, Luiz Costa Pereira Júnior  exemplifica o caso dos atentados de 11 de setembro. Nesse episódio, os meios de comunicação brasileiros forneceram exagerados e diferentes números de vítimas, o que demonstrou uma falta de precisão no ato de verificar dados antes de noticiá-los.
Os jornalistas são  noticiadores dos fatos e por mais que a realidade não possa ser contada por inteiro, cabe a eles retratá-la da maneira mais coerente e precisa que houver. O que por vezes existe, é uma falta de rigor na apuração do que se noticia. O autor credita esse fato à ausência de mecanismos que regularizem a apuração, sem esquecer de enfatizar que fazer isso é realmente verter num caminho difícil, já que os jornalistas trabalham com realidades nem sempre verificáveis, fatos sem testemunho, histórias  plantadas e constatações duvidosas.
Na tentativa de suprir essa carência de métodos investigativos, o texto propõe um conjunto de procedimentos que começa com a formulação da pauta e se estende até o processo de edição da publicação. A elaboração da pauta se dividiria em sondagem inicial, onde as primeiras fontes e documentos seriam consultados ajudando no estabelecimento da viabilidade (ou não) da pauta. Feito isso, a pauta propriamente dita seria elaborada, baseada nas informações já obtidas e as que ainda irão se obter. A fase seguinte, chamada de pré-produção, iria demandar uma análise das fontes. Se elas tem credibilidade, um nível hierárquico considerável e se fornecem informações importantes. Nessa abordagem às fontes, deve-se obedecer uma hierarquia. Primeiro consultam-se as fontes de menor importância e mais próximas ao repórter. Depois são consultadas as fontes de média importância, que levarão aos envolvidos de fato no que está sendo investigado. Nem sempre essas pessoas querem se expor, por isso é importante chegar até elas com os relatos das fontes de menor e média importância, o que pode fazer com que esse envolvido se pronuncie ao jornalista.
Já consultadas as fontes, deve-se checar as informações obtidas, num processo em que o jornalista revisa o que foi coletado, confronta versões, ouve novamente arquivos de áudio, confere se não falta algum dado, só publicando o que foi checado.

Nenhum comentário: