domingo, 10 de abril de 2011

Resumo do texto: “Notas gerais sobre entrevistas (ou 15 coisas que não podemos esquecer quando entrevistamos)”- Stela Caputo

No texto “Notas gerais sobre entrevistas (ou 15 coisas que não podemos esquecer quando entrevistamos)”, a autora Stela Caputo discorre, a partir de 15 tópicos, sobre as noções básicas de como se realizar uma boa entrevista. O capítulo dois, do livro “Sobre entrevistas – teoria, prática e experiências”, ressalta a importância de como o jornalista deve se comportar diante dos seus entrevistados.

Antes de qualquer coisa, Stela aponta sobre a preocupação do jornalista em perguntar ao entrevistado se há possibilidade de se gravar ou fotografar no momento do diálogo. Outro ponto fundamental é explicar do que se refere a entrevista. Certos entrevistados preferem expor as suas idéias em off, logo, o jornalista deve respeitar o seu anonimato.

A autora sublinha o valor de estar informado sobre o entrevistado. Ainda que o editor forneça certas informações, é necessário que o jornalista conheça o seu entrevistado. Caso contrário, o despreparo ao iniciar a entrevista poderá lhe render uma matéria de má qualidade. Além de saber sobre o entrevistado, o ideal para levar uma boa conversa e tirar-lhe informações preciosas, o jornalista deve levar junto a si, uma espécie de roteiro com perguntas que podem auxiliar naquele instante. Porém não necessariamente seguir à risca, ao deixar um espaço para o surgimento de outras perguntas a depender de como a conversa se estabelece.

Testar os equipamentos antes de começar a entrevista é o chute inicial. Ainda que se tenha um gravador em mãos, é preciso desconfiar dele, o bloco de notas e a caneta auxiliam neste momento. Caputo atenta sobre como o jornalista pode se referir ao entrevistado e, no caso de dúvida, o uso do “senhor” ou “senhora” pode ser uma alternativa. O ideal é perguntar como o entrevistado ou a entrevistada prefere ser chamado.

O jornalista precisa estar atento ao diálogo e não fazer do momento algo maquinário, a entrevista precisa ser autêntica. É necessário que o profissional, além de seguir o roteiro, se prontifique em realmente ouvir o entrevistado, dando espaço para o surgimento de outras perguntas, a partir de então. Já no item sete, do texto, a autora frisa que o jornalista deve ter consciência de que ainda que ele saiba informações consideráveis sobre o entrevistado, quem deve compreender de verdade a entrevista é o leitor. Logo, ainda que certas informações possam parecer irrelevantes para o jornalista, ele deve perguntar para que o entrevistado possa expor suas idéias.

Atribuir créditos que não são seus de verdade é um erro que o jornalista não deve cometer. Assim como é preciso reconhecer o limite de uma entrevista, caso o entrevistado não se sinta confortável em responder certas perguntas, o jornalista deve respeitar. Quando a apuração se encontra comprometida, seja por conta de algum desleixo do comunicólogo, a autora compreende que inventar fontes ou declarações está fora de cogitação.

Ter paixão pelo que se faz é um ponto positivo na hora da entrevista, compreende Caputo. Perguntar ao entrevistado, quando a conversa já estiver perto do fim, se ele ainda tem algo a falar, demonstra que a entrevista não condiz apenas para o jornalista, porém para ambos. E após tudo isso, editar de maneira em que possa passar de forma clara as informações para o leitor. Ao levar em consideração que toda edição é uma escolha e é preciso que o jornalista faça esta corretamente.

(Paula Morais)

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